terça-feira, 26 de novembro de 2013

Tecnologias assistivas




FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES  EM  TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEIS
                        Módulo 3 - Introdução à Informática Acessível

Professor Cursista: Cássia Aparecida Valério e Paula Maria Porfírio Rocha
Formador: Helena  Sloczinski 
Tutores: Nilsa Maria Conceição dos Santos e Cíndia Quaresma         

Aluno: Wenderson, cursando o Segundo Período dos Anos Finais da EJA, surdo, com prática na linguagem de sinais. Apresenta limitações na comunicação verbal, mas com facilidade em se comunicar usando a expressão corporal e interpretando satisfatoriamente a mensagem do outro que não se comunica através de Libras. Necessita da ajuda da intérprete, profª  Paula Maria Porfírio Rocha que o assiste todos os dias na sala de aula.
Descrição da atividade planejada pelo professor:
Objetivo: Decifrar carta enigmática.
Disciplina: Prática Laboratorial de Informática, Língua Portuguesa.
            Realizamos com o aluno a interpretação de duas cartas enigmáticas, a que nós elaboramos e consta no portfólio e da nossa colega de curso Mari Tessaro, pois ele gostou tanto de realizar a primeira que quis mais uma.
            Tecnologia Assistiva escolhida: símbolos de comunicação alternativa.
Reflexões sobre a experiência:
            Wenderson leu e interpretou usando a linguagem dos sinais com a intérprete e depois usou a técnica de datilologia para escrever o que leu. Esta técnica de escrita não segue as normas gramaticais convencionais, para eles elas não têm importância, não a compreendem. Omitem artigos, preposições, pontuação, não conjulgam verbos, enfim, esta é uma limitação dos surdos, porém o que importa é entender a mensagem e  se fazer entender à sua maneira.Estas pessoas também não guardam nomes das pessoas, elas inventam um sinal para o nome e apropriam-se dele. A todo  momento Wenderson procurou interagir com a professora Cássia e tentava ensinar-lhe palavras e expressões através dos sinais. Sua escrita ficou assim:
            Eu gosto de ir Escola gosto de Estudar também brincar amigos e desenhar”
As palavras destacadas em azul já constavam na atividade, o aluno copiou-as. Depois de escrever ele pensou no desenho que decifrou como brincar com amigos e perguntou  se poderia ser fazer leitura com os amigos, através da linguagem de sinais.
             Conversando entre professores sobre o trabalho realizado,pensamos como poderíamos realizar atividades semelhantes com os alunos menores e combinamos de fazermos outras experiências, usando os PECS em forma de materiais manipulativos. Se for oportuno poderemos compartilhar novamente no portfólio ou no mural.
            Ao concluir a atividade percebemos que os alunos adultos especiais são como os pequenos, gostam de inovações, desafios e atividades lúdicas. Wenderson demonstrava alegria e satisfação tanto em conseguir realizar a atividade como em ensinar o que sabe para a professora que não usa a sua linguagem.
                                               “A comunicação humana é uma troca de sentimentos e necessidades entre duas ou mais pessoas. “Quando uma mensagem deve ser transmitida, tipicamente as pessoas utilizam a linguagem, que, quer falada, escrita, ou por sinais, envolve um sistema que transmite um significado” (BOONE; PLANTE, 1994, pg. 83).